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Cenoura ( Dancus Carota L.)


Nome Comum: Cenoura

Nome Latino: Dancus Carota L.

Familia: Umbelíferas

N. Vulg.: Escarrapiche (em Cinfães)

História: A cenoura foi originalmente cultivada na Ásia Central e países do Médio Oriente. As cenouras originais eram diferentes das que estamos acostumados hoje, apresentando uma coloração roxa profunda, variando de lavanda  cor de  beringela.
Esta coloração foi um reflexo dos pigmentos do fito nutriente antocianina estas cenouras tinham. Uma variedade de cenoura-amarela enraizada apareceu no Afeganistão, que foi cultivada e desenvolvida numa versão anterior da cenoura conhecida por nós actualmente.
Parece que as cenouras não se tornaram um vegetal popular na Europa até o Renascimento. Isto deveu-se provavelmente ao facto de que as variedades precoces tinham uma textura resistente e fibrosa.
Séculos mais tarde, com o início no século 17, os agricultores na Europa começaram a cultivar diferentes variedades de cenouras, e assim sucedeu o desenvolvimento de uma cor laranja da cenoura, que tinha uma textura mais agradável do que as suas antecessoras.
Os europeus favoreceram o crescimento dessa variação cor de laranja sobre a variedade roxa, que foi e ainda é amplamente cultivada em outras áreas do mundo, incluindo o sul da Ásia e o norte de África. As cenouras foram posteriormente introduzidos nas colônias norte-americanas. Devido à sua popularidade elevada, no início de 1800, a cenoura foi o primeiro vegetal a ser enlatado. Hoje, os Estados Unidos, França, Inglaterra, Polônia, China e Japão estão entre os maiores produtores de cenoura.

Descrição/Habitat: É cultivada em todos os continentes.

Partes Utilizadas: As raízes e as sementes

Composição Fotoquímica: A raiz contém pectina em abundância, substância glicídica de acção absorvente e antidiarreica; sais minerais diversos, especialmente de potássio e fósforo, assim como oligoelementos que a tornam remineralizante e diurética. Óleo essencial, que lhe confere o seu aroma peculiar e os seus efeitos vermífugos; e vitaminas do grupo B, um pouco da C e, sobretudo caroteno (4500 ug por cada 100 g). Rica em provitamina A (o caroteno ou provitamina A, é o princípio activo mais valioso da cenoura. No fígado transforma-se em vitamina A ou retinol).

Propriedades Terapêuticas: Infecções das vias respiratórias: sinusite, rinite, faringite, especialmente bronquite, tanto agudas como crónicas. Também se torna útil em gripes e constipações (resfriados), devido a que o seu princípio activo de antibiótico impregna todo o aparelho respiratório, descongestionando os brônquios e acalmando a tosse. Infecções das vias urinárias: pielonefrite (da pelve renal e do rim), e cistite (da bexiga). Favorece as funções da pele, devido ao seu elevado conteúdo de enxofre. Aplicada localmente, tem um efeito cicatrizante sobre as feridas e úlceras. Regenera e devolve o aspecto saudável à pele seca; mas sobretudo estimula o bolbo piloso (a raiz do pelo), revitalizando o cabelo e inclusivamente fazê-lo crescer. Por isso é uma das plantas que mais se usam nos tratamentos contra a calvície. Tonificante e revigorante: talvez pelo seu elevado conteúdo em vitamina C (285 mg por cada 100 g de folhas frescas, enquanto, por exemplo, o limão tem 50 mg por 100g de polpa). Reguladora menstrual: os banhos de assento com flores ou frutos regulam e normalizam as regras. Afrodisíaca: além do mais, atribuem-lhe efeitos afrodisíacos.

Fitoterapia: O xarope caseiro, feito com cenouras cortadas finamente que são misturadas com açúcar, o liquido resultante, é magnifico para a tosse e bronquites infantis. A infusão, de 10 gr de sementes pra 100 gramas de água fervente, é usada como aperitiva diurética, estimulante, favorecendo o aumento de leite nas mulheres que amamentam. É um alimento saudável, nutritivo e de fácil digestão, que toda a gente deveria comer e em especial as pessoas que sofrem dos olhos. Tome-se a decocção de 3 a 4 cenouras por litro de leite, com duas colheres de mel; 2 a 4 chávenas ao dia deste xarope.


Informação fornecida: Bibliografia utilizada: Medicina Popular – Tratamento pelas Plantas Medicinais, Autor: Professor Nunes, João Ribeiro.


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