A extrema suavidade dos meses de Setembro e Outubro na Europa impulsionam as bactérias, elas passam ao ataque agora que vem aí a onda de frio, e que é urgente para fazer um ponto da situação, sobre as maneiras simples a evitar estupidamente, de ser atacado por uma epidemia de gastroenterite.
Reconhecer a « gastroenterite »
Os sintomas da gastroenterite são os seguintes : náuseas, perda de apetite, cólicas abdominais e vómitos que aparecem de repente, diarreias, febre e cefaleias (dor de cabeça).
É uma doença que pode ser de origem bacteriana, de parasitas, mas que na maioria das vezes é provocada por um vírus. Chamamos-lhe a gripe intestinal.
Em crianças maiores de 2 anos e adultos, o vírus da gastroenterite é geralmente rotavírus.
As bactérias que causam a gastroenterite transmitem-se por via fecal-oral, uma palavra empregada pelos médicos e pessoas polidas para designar um modo de transmissão particularmente repugnante. Com efeito, a via fecal-oral quer dizer que as fezes contaminadas são encontradas na boca, nariz e olhos de outra pessoa.
Isso acontece quando você toca numa pessoa ou objeto contaminado com fezes, e depois esfregar os olhos, nariz, ou colocar os dedos na boca, ou quando bebe a água que está, também ela, contaminada com fezes.
O rotavírus, transmite-se através de micro gotículas libertadas no ar quando tosse ou espirra.
Uma pessoa afectada pode contagiar, no dia anterior aos seus primeiros sintomas, e durante cinco a dez dias. Pode contaminar cerca de 80.000 pessoas por dia, se frequentar lugares públicos. Na superfície dos objectos, o vírus da gastroenterite mantem-se activo dez dias!
Uma vez que o rotavírus entre no seu corpo, ele vai procurar penetrar numa das suas células. Porque é lá, que este intruso se vai desenvolver, e passar para as células vizinhas, para as contaminar.
A sua primeira arma contra este vírus, é evitar que ele entre no seu organismo.
Regras elementares de higiene
Evite em todas as circunstâncias tocar as suas mucosas com as mãos sujas ou qualquer outro objecto de limpeza questionável. As mucosas são altamente permeáveis às bactérias, e é através delas que pode ser mais contaminado. As mãos são o principal veículo, porque todas as “linhas” nas palmas das mãos, são por vezes quentes e húmidas. Elas oferecem um abrigo acolhedor para as bactérias se proliferarem. Se fuma, lave as suas mãos antes da pausa para o cigarro.
A transmissão na maior parte das vezes, á através de pessoas com quem confraterniza, colegas de trabalho, passageiros nos transportes públicos, em família, com o/a seu/sua cônjuge. Com as crianças são os colegas da creche, da escola, e os professores que são a principal fonte de contaminação.
Os corrimões do metro/autocarro/eléctrico não são, a nossa casa, limpa todos os dias, como é o caso no Japão. Os menus nos restaurantes, as pegas dos carrinhos no supermercado, os códigos digitais, e mais surpreendente, os estetoscópios dos médicos, assim como os aparelhos para medir a tensão, são ninhos de bactérias. Um estudo mostrou que a higiene nos gabinetes médicos, não é tão rigorosa como se poderia pensar, e em particular, os estetoscópios.
Aprenda a tossir correctamente
Aprendeu, em criança, a pôr a mão à frente da boca, quando tosse?
Evidentemente, é melhor do que nada, e protege as pessoas à sua volta, de espirros e micróbios, evitando o espectáculo nada gracioso, de uma língua, duma dentadura ou de uma garganta expostas.
Considere-se, no entanto, que a sua mão está agora contaminada, deverá lavar as mãos com água morna, em seguida, com um gel antibacteriano desinfectante, se não quiser dar um presente envenenado à próxima pessoa a quem cumprimentar.
Pode limitar o risco, tossindo para o seu cotovelo, ou para um lenço, se o encontrar a tempo. A este propósito, esqueçam os lenços de tecido da vossa infância, ninhos de micróbios, e prefiram lenços de papel descartáveis.
Impulsionar o seu sistema imunitário
Curar a sua flora intestinal, peça estratégica do seu sistema imunológico, por comer alimentos prébióticos, os alimentos que não digere, servirão de alimentação às bactérias boas, que estão no seu intestino, ao tomar probióticos, isto é, bactérias e leveduras, que terão um efeito positivo na sua saúde, e irão regenerar a sua flora intestinal.
Miso (pasta de soja fermentada) e produtos lactofermentações ou fermentações lácticas, como a choucroute, são a recuperação quase miraculosa para a reconstituição da flora intestinal e bacteriana em geral.
Comprar aqui |
Pode já ter lido, na fitoterapia (cura pelas plantas), a Echinacea, as plantas que reforçam o sistema imunitário. É possível encontrar as preparações, sob a forma de tintura: O princípio activo da planta é extraído com álcool, mas as quantidades restantes do produto final são muito baixas. Em prevenção, pode tomar 30 gotas de Echinacea, três vezes por dia, misturado com água ou qualquer outro líquido. O tratamento tem a duração de duas semanas a um mês, e renovar, caso tenha alertas.
Própolis, de mastigar, em spray, ou em pingos a diluir num copo de água morna, é também um excelente estimulante do sistema imunitário. O própolis é um revestimento, que as abelhas utilizam para cobrir todas as superfícies interiores da colmeia, a fim de as selar, e sobretudo, para lutar contra as invasões microbianas e fúngicas (cogumelos). As abelhas fabricam a própolis, a partir de diversas resinas que elas recolhem brotos e cascas de árvores (especialmente choupos e coníferas), e ao qual elas juntam cera e secreções salivares.
Comprar aqui |
Comprar aqui |
Para fortalecer o seu sistema imunitário, a coerência cardíaca fez as suas provas (com o apoio de estudos). Consistem em respirações mais longas do que o habitual, com 5 segundos de inspiração pelo nariz (para evitar a passagem de bactérias de ar directamente para a garganta, através dos pêlos que estão no nariz), e 5 segundos de expiração pela boca para torná-la mais profunda. Faça este exercício de respiração 3 vezes por dia durante 5 minutos, será bom para aumentar a sua resistência, mas também lhe permitirá passar um momento calmo.
Tente dormir bem, comer muitas frutas e legumes, de fazer actividade física (pelo menos 30 minutos de actividade ao ar livre, todos os dias).
Que fazer se já está afectado
Primeiro, tem que interromper a sua dieta normal, mas por causa dos vómitos e das diarreias provocadas pela gastroenterite, certamente já o deve ter feito.
Na medida em que perde muito líquido, por cima e por baixo, deve lutar contra a desidratação, bebendo regularmente água de arroz.
Assim que o seu apetite volte, coma puré de batata e cenouras (sem leite), galinha cozida com legumes, beba o caldo obtido. Pouco a pouco, pode começar a comer arroz e pão.
Depois de três dias sem diarreias nem vómitos. Pode voltar à sua alimentação habitual. No entanto, evite alimentos gordurosos e outras carnes, que não sejam frango cozido, no início da recuperação alimentar.
Receita de água de arroz: Ferva durante 30 minutos um volume de arroz em seis volumes de água, junte uma colher de café de sal marinho. Coe o líquido por uma peneira para retirar o arroz, deixe esfriar. Quando servir pode juntar um pouco de mel para melhorar o sabor.
Óleos essenciais e sementes de toranja
As sementes de toranja chinesa destroem todos os germes nefastos dos intestinos, com a ajuda de óleos essenciais de tomilho. Este último é o seu grande aliado contra as doenças infecciosas, incluindo as crianças. Duas gotas numa colher de café de mel, misturado numa chávena de chá de alecrim, será tão benéfico para a gastroenterite como para a gripe.
O xarope de sabugueiro, é o grande campeão das infecções virais. Os resultados das pesquisas, mostram que o extracto das bagas, é capaz de parar em dois dias os sintomas da gripe, em 93.3% dos doentes tratados.
À vossa saúde!
Texto original: Jean-Marc Dupuis e Xavier Kern
Tradução e adaptação do texto: Eugénia Gomes
Comentários
Enviar um comentário