A União Europeia finalmente autorizou um produto natural que ajuda a dormir melhor: A Melatonina
Se me pede a minha opinião, as pessoas que interditaram esta substância natural durante tantos anos, sem qualquer argumento científico, considerando que os distúrbios do sono afectam 25 a 40% da população, cometeram um crime grave contra os seus concidadãos.
Mas sejamos positivos, e voltemos aos benefícios que se podem ter ao tomar a melatonina:
Um meio eficaz contra a insónia
Assim que a luz do dia enfraquece, a sua glândula pineal, que está localizado no seu cérebro começa a secretar melatonina. Esta substância, que é uma hormona natural, prepara o corpo para dormir e descansar.
Com efeito, a glândula pineal está directamente ligado ao nervo óptico: ela está em sintonia com a luz. É por isso que a melatonina é conhecida como a hormona que regula o relógio biológico, também conhecido como ritmo vigília-sono ou o ritmo circadiano. É por isso que as pessoas cegas, muitas vezes têm problemas em dormir.
Todos os organismos vivos sem excepção têm melatonina: animais, plantas, algas, batérias, etc. O que lhes permite adaptarem-se ao dia e à noite, assim como às estações do ano.
Segundo os pesquisadores, a melatonina está ligada ao surgimento da vida na terra, e é uma das moléculas mais antigas, que se manteve inalterada desde os primórdios da humanidade.
No entanto, muitos factores presentes na vida moderna retardam ou bloqueiam a produção da melatonina: luz eléctrica, medicamentos, ondas electromagnéticas.
Tomar um pouco de melatonina à noite antes de ir para a cama pode, portanto, ajudar as pessoas com insónias a encontrar um sono reparador e de qualidade. Mas antes de lhes dizer como, examinemos os factores anti-melatonina, pois é principalmente protegendo-vos deles que pode melhorar o seu sono:
Os medicamentos
De todos os meios conhecidos por destruírem as reservas naturais de malatonina, se excluirmos o tabaco e o álcool, é sem dúvida o consumo regular de certos medicamentos que é a mais terrível de todas, em particular, os soníferos e os ansiolíticos, comummente prescritos por médicos para melhorar o sono!
Isso é particularmente chocante quando se sabe que, embora não seja recomendado o uso desses medicamentos por mais de um mês, uma pessoa em cada cinco, o faz apesar de tudo.
Mais preocupante no entanto, esses medicamentos são cada vez mais consumidos pelos jovens: 6% dos com idade inferior a 25 anos, dizem que tomam esses medicamentos.
Finalmente, quase metade (49%) com mais de 75 anos declararam que os tomam numa base regular, de modo que esta família de medicamentos, é suspeito de favorecer certas doenças do sistema nervoso, como o Alzheimer!
E, infelizmente, soníferos e ansiolíticos não são, de longe, os únicos medicamentos a destruir a melatonina. Este é também o caso da aspirina, o ibuprofeno, os beta-bloqueadores, antagonistas de cálcio, os anti-inflamatórias não esteróides, com um total de 75 medicamentos mais de 120 substâncias diferentes que são regularmente consumidos por milhões de pessoas no mundo.
Os beta-bloqueadores, em particular, são tão eficazes contra a melatonina que os pesquisadores os utilizam em laboratório para anular a produção de melatonina em animais para experiências. São medicamentos prescritos correntemente para a pressão arterial e certas arritmias cardíacas (Propranolol).
Os pacientes que os tomam não devem surpreender-se por terem insónias. Uma dose inferior a metade da dose usual é suficiente para interromper a secreção de melatonina, em seres humanos, demonstrou-o, em 1992, o Dr. GMBraun.
Os campos electro-magnéticos fazem também baixar os níveis de melatonina.
Se aplicarmos campos magnéticos sobre a cabeça de roedores, não só os seus níveis de melatonina caiem cerca de 50%, como também estes campos resultam no mau funcionamento da glândula pineal, que segrega melatonina.
Se vive numa cidade moderna, o seu corpo está provavelmente, rodeado por ondas electromagnéticas de diferentes fontes: telemóveis, rádios, antenas, aparelhos eléctricos. O nosso corpo não sabe ver a diferença entre os campos energéticos naturais e os campos artificiais. Esta poluição invisível afecta directamente a melatonina, o que poderá explicar porque, é que os distúrbios do sono são uma epidemia em constante aumento nos países industrializados.
Uma pessoa em cada cinco em França sofre de insónia crónica acompanhada de fadiga ou de uma sonolência excessiva durante o dia.
As preocupações da vida, o stress, o estilo de vida, a vida saudável, o trabalho, etc. Não serão, portanto, as únicas explicações.
Quem pode tomar e porquê?
A melatonina poderá ajudar sobretudo, se:
- Adormece tarde e acorda muito cedo;
- Se acorda várias vezes durante a noite e se adormece de dia ou faz sestas;
- Se tem dificuldade em adormecer;
- Se trabalha em horários com turnos nocturnos
Tomar uma suplementação de melatonina não afeta a secreção natural pela glândula pineal, nem a curto, nem a médio, nem a longo prazo. Isto significa que não há o fenómeno da habituação.
Uma das principais vantagens da melatonina é que ela não afecta a memória nem as funções cognitivas ao contrário dos medicamentos da classe de soníferos e ansiolíticos.
A melatonina é uma substância particularmente eficaz para as pessoas que, passaram 45 anos, a ter um sono de má qualidade, com vários despertares.
Diferença horária
Vários estudos mostram que a melatonina reduz significativamente os sintomas causados pelo jet lag. Ajuda não só a adormecer mais rápido, mas também a adaptar os nossos ritmos biológicos à hora local. Ajustando assim o relógio interno, e reduzindo pela metade o número de dias que normalmente sofreríamos de jet lag.
É por isso que hoje é amplamente utilizado por pilotos e hospedeiras.
Que dose tomar?
Para dormir, é mais eficaz uma dose pequena de melatonina do que uma grande. O efeito ocorre a partir de 2 mg/dia, tomar uma meia hora antes de se deitar.
Toxicidade
A melatonina é considerada pelas autoridades como um produto muito seguro. Desde 16 maio de 2012, é permitido mesmo às empresas que vendem a melatonina, indicar na embalagem que "contribui para reduzir os efeitos do jet lag" e "reduzir a duração do sono. "(Regulamento (UE) n º 432/2012 da Comissão).
Quando sabemos da dificuldade com a qual Bruxelas permite tais alegações terapêuticas para produtos naturais de venda livre, é um reconhecimento bem sólido em relação à melatonina.
No entanto, nunca deve tomar melatonina sem supervisão médica em casos de cancro ou epilepsia. Se quiser beneficiar dos efeitos da melatonina para acompanhar a quimioterapia, faça-o apenas em acordo com o seu médico.
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À vossa saúde!
Texto original: Jean-Marc Dupuis
Tradução e adaptação: Eugénia Gomes
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