DEFINIÇÃO
A
fibromialgia descreve-se como uma inflamação do tecido fibroso ou conjuntivo do
corpo. Esta perturbação caracteriza-se por dor
muscular disseminada, fadiga e
múltiplos pontos dolorosos. Muitas pessoas com fibromialgia descrevem os
sintomas como semelhantes às dores provocadas pela gripe. Fibrosite,
fibromialgia e fibriomiosite são nomes que se dão a grupos de sintomas que se
julga serem causados pelo mesmo problema geral.
DESCRIÇÃO
A
fibromialgia é mais frequente do que se pensava, dado que afecta
aproximadamente 3 a 6% da população. É mais prevalecente em adultos que em
crianças, sobretudo nas mulheres, e especialmente na idade reprodutora.
CAUSAS E SINTOMAS
Não
se conhece a causa exacta da fibromialgia. Por vezes verifica-se em vários
membros de uma família, o que sugere que poderá ser uma perturbação
hereditária. As pessoas com fibromialgia queixam-se, com maior frequência, de
três sintomas principais: dor muscular e articular, rigidez e fadiga.
A
dor é o principal sintoma, com hipersensibilidade e rigidez de múltiplos
músculos, articulações e tecidos moles. Tem tendência também a deslocar-se de
uma parte do corpo para outra e é mais frequente no pescoço, nos ombros, no
peito, nos braços, nas pernas e nas costas. Embora a dor persista a maior parte
do tempo, podendo durar anos, a sua intensidade pode flutuar.
Os
sintomas da fadiga podem derivar da dor crónica da pessoa junto com a ansiedade sobre o problema e a forma de
encontrar alívio. O processo inflamatório reduz também os produtos químicos que
provocam a fadiga. Outros sintomas comuns são a dor de cabeça tensional,
dificuldade para engolir, dor abdominal recorrente, diarreia e tumefacção ou tremor das extremidades. O stress, a ansiedade, a depressão ou a falta de sono podem
potenciar estes sintomas. A intensidade dos sintomas é variável e oscila de uma
melhoria gradual até episódios recorrentes.
DIAGNÓSTICO
O
diagnóstico é difícil e frequentemente passa despercebido, porque os sintomas
de fibromialgia são vagos e generalizados. As perturbações nervosas e
musculares intercorrentes como a artrite
reumatoide, a artrite espinal ou a doença de Lyme podem complicar o
processo de diagnóstico. Actualmente, não existem exames disponíveis para
diagnosticar especialmente a fibromialgia. O diagnóstico costuma fazer-se
depois de se ter afastado outras perturbações médicas com sintomas semelhantes.
Devido
ao stress emocional que as pessoas sofrem com esta doença e à influência do
stress sobre os próprios sintomas, a fibromialgia foi, frequentemente,
etiquetada como um problema psicológico. O reconhecimento de um processo
inflamatório subjacente implicado na fibromialgia ajudou a reconhecer esta
doença.
As
instituições reumatológicas desenvolveram padrões para o diagnóstico da
fibromialgia, para que os médicos de cuidados primários possam diagnosticar a
doença. De acordo com estes padrões, considera-se que uma pessoa tem
fibromialgia se apresentar uma dor difusa em combinação com mal-estar em, pelo
menos 11 pontos dos 18 pontos do corpo que se consideram desencadeantes. Estes
pontos estão na base do pescoço, ao longo da coluna vertebral, em frente da
anca e do cotovelo e por detrás dos joelhos e dos ombros.
TRATAMENTO
Não
existe terapia conhecida para a fibromialgia. Portanto, o objectivo do
tratamento é o controlo efectivo dos sintomas. O tratamento costuma necessitar
de combinação de terapia, exercício
e ajustamentos no estilo de vida. O repouso adequado é essencial no tratamento
da fibromialgia. A dieta deve incluir uma ampla variedade de frutas e de
verduras, que proporcionam ao corpo elementos e minerais necessários para a
saúde dos músculos. Devem evitar-se alimentos ou bebidas estimulantes (como o
café) e recomendam-se medicamentos descongestionantes antes de o doente se
deitar. É imperativa uma compreensão clara por parte do doente do seu papel na
recuperação para controlar com êxito esta perturbação.
Os
tratamentos recomendáveis incluem a aplicação de compressas quentes e ocasionalmente
frias. Costuma ser útil um programa de alongamentos regulares. As actividades
aeróbicas centradas no aumento da frequência cardíaca são a forma preferida de
exercícios. Os programas de exercícios devem incluir sessões de aquecimento e
de arrefecimento adequadas, prestando especial atenção a evitar exercícios que
provocam dor articular. Os exercícios de hidroterapia
(numa banheira ou numa piscina) costumam ser úteis para oferecer uma actividade
de baixo impacto, ao mesmo tempo que relaxam os músculos e eliminam a dor
articular.
A
terapia por massagem é um bom remédio, especialmente quando um membro da
família aprende uma técnica específica de massagem para tratar os episódios
sintomáticos. As sessões curtas são mais úteis que os movimentos repetidos, que
podem agravar a perturbação. Deve prestar-se especial atenção à saúde mental
através da consulta psicológica, que também é importante, dado que a depressão
pode proceder ou acompanhar a fibromialgia. Os exercícios de relaxação, ioga, aromaterapia, imagens
dirigidas e outras terapias de relaxação podem ser úteis para melhorar o
stress e favorecer o bem-estar global. A acupunctura
pode aliviar os sintomas e melhorar a saúde geral. Os fitoterapeutas e os
aromaterapeutas costumam recomendar banhos ou compressas com alfazema (Lavandula angustifólia),
camomila (Chamaemelum nobilis) ou zimbro-comum
(Juniperus communis) para melhorar a dor muscular e articular.
PREVENÇÃO
Não
existe uma forma conhecida ou específica de prevenir a fibromialgia. No
entanto, tal como noutras perturbações médicas, a principal prevenção é manter
a melhor saúde possível com uma boa dieta, um exercício continuado e um repouso
adequado.
Os suplementos co-adjuvantes para uma melhor qualidade vida, consultar aqui:
FIBROMIALGIA
Bibliografia: Manual de Medicinas Complementares
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