O Cardo-mariano, é uma planta que se utiliza para tratar as perturbações do fígado, problemas da lactância materna, assim como outras doenças.
O ingrediente activo da planta, a silimarina, encontra-se nas sementes maduras. O cardo-mariano tem um caule comprido, folhas verdes com manchas brancas e folhas cor de rosa ou purpura. É originário da Europa e cresce de forma selvagem em toda a América. Os benefícios medicinais do Cardo-mariano reconhecem-se desde há mais de 2.000 anos. Encontram-se registos escritos da sua utilização já no séc. I, quando os romanos usavam a planta como um agente protector do fígado. Também se usou com frequência na Idade Média; na literatura herbácea, fala-se das suas propriedades medicinais. Nos séculos XVIII e XIX encontram-se registos de médicos de todo o mundo que prescreviam esta substancia.
O ingrediente activo do Cardo-mariano, a silimarina, foi separado, pela primeira vez da planta por cientistas alemães na década de 1960.
O caule e as folhas de Cardo-mariano são comestíveis e podem usar-se em
saladas e comer-se cruas. A planta cultivou-se como uma verdura
comestível na Europa até finais do século XIX.
Utilização geral
O Cardo-mariano prescreve-se para diferentes usos medicinais, entre eles o tratamento e a prevenção de doenças hepáticas, o tratamento do vírus da imunodeficiência humana, problemas da lactância, perturbações da vesícula biliar, , intoxicação por cogumelos e psoriase, uma doença da pele que se caracteriza por manchas avermelhadas.
Doença hepática
Utilização geral
O Cardo-mariano prescreve-se para diferentes usos medicinais, entre eles o tratamento e a prevenção de doenças hepáticas, o tratamento do vírus da imunodeficiência humana, problemas da lactância, perturbações da vesícula biliar, , intoxicação por cogumelos e psoriase, uma doença da pele que se caracteriza por manchas avermelhadas.
Doença hepática
Julga-se que o Cardo-mariano favorece o crescimento das células hepáticas saudáveis ao unir-se às membranas celulares. Prescreve-se para a cirrose, a hepatite e outras perturbações hepáticas. Diversos estudos clínicos demonstraram que os doentes com cirrose que tomam doses diárias de extracto de Cardo-mariano têm uma mortalidade menor.
Além disso, o Cardo-mariano tem um efeito protector do fígado e receita-se, por vezes, aos doentes que podem sofrer lesões do órgão, ou aos que estão expostos a substancias hepatotóxicas como o chumbo.
Recentemente, iniciou-se um estudo sobre o valor medicinal do Cardo-mariano no tratamento da hepatite e das lesões hepáticas.
Mais informações, aqui |
Tratamento do vírus da imunodeficiência humana (VIH)
O cardo-mariano prescreve-se, às vezes, a doentes do VIH positivos para proteger o fígado de doenças como a hepatite e prevenir os efeitos hepatóxicos dos medicamentos prescritos para o tratamento do (VIH).
Problemas de lactância
O Cardo-mariano receita-se, frequentemente, às mães que amamentam para favorecer o aumento da secreção de leite. Embora se considere inócuo para essas mães, deve ser prescrito por um fito-terapeuta, um médico naturopata ou um profissional sanitário familiarizado com a sua utilização.
Prevenção do cancro
Os componentes activos do Cardo-mariano, a silimarina (um complexo de flavonoides) e o seu constituinte, a silibina, actuam como antioxidantes. Esta substancias demonstraram que atrasam o crescimento celular em alguns tipos de cancro.
Perturbações da vesícula biliar
O Cardo-mariano pode evitar a inflamação dos canais da vesícula biliar e, portanto, melhorar a icterícia.
Intoxicação por cogumelos
O Cardo- mariano é o único antídoto conhecido da intoxicação pelo cogumelo Amanita phalloides. A ingestão deste fungo mortal pode destruir o fígado ao degradar a produção proteica das células hepáticas. O Cardo-mariano neutraliza estas toxinas e protege o fígado.
Psoriase
Devido aos facto de o fígado neutralizar algumas toxinas associadas às crises de psoriase, julga-se que o Cardo-mariano ajuda a prevenir os reaparecimentos de psoriase ao favorecer uma função hepática adequada. Actualmente, estão a ser investigadas outras indicações da planta. As propriedades antioxidantes do Cardo-mariano têm efeito curativo sobre as feridas cutâneas e as queimaduras. O cardo também foi proposto como agente cosmético para manter o tom e a qualidade da pele. Necessitam-se de novos estudos para provar a eficácia da planta para estas aplicações.
Preparações
O cardo-mariano encontra-se em forma de sementes, cápsulas, extractos e tinturas. Uma tintura é uma preparação herbácea fabricada, diluindo a planta em álcool. As tinturas de Cardo-mariano tomam-se em doses de 1 a 2 ml três vezes ao dia.
A semente de cardo-mariano tem uma escassa solubilidade em agua, pelo que a infusão feita a partir da planta é mais suaves que as tinturas e extractos de cardo-mariano.
A infusão prepara-se com uma chávena de água a ferver e uma colherzinha de sementes que se trituram até obter uma textura muito fina. Depois de 10 a 20 minutos de repouso, a mistura-se filtra-se e toma-se. Em vez de a filtrar, a planta pode pode ser colocada numa saqueta de infusão ou num recipiente que se retira da água depois de o manter algum tempo. Podem-se tomar duas ou três chávenas diárias desta infusão.
A semente do Cardo-mariano também se toma por via oral, em doses de uma colher de chá por dia. A planta deve guardar-se sempre num recipiente hermeticamente fechado, em lugar fresco e longe da luz brilhante para manter as suas potencialidade.
Gravidez
O Cardo-mariano é considerado inócuo para o seu uso durante a gravidez e recomenda-se para algumas mulheres que amamentam. No entanto, actualmente não existem estudos a longo prazo sobre o uso da planta durante a gravidez. Qualquer mulher gravida que deseja tomar Cardo-mariano deve consultar o seu médico, assim como antes de tomar qualquer medicamento.
Efeitos secundários
O Cardo-mariano pode provocar náuseas e diarreias leves. A planta também produz reacções alérgicas em algumas pessoas. Não se conhecem outros efeitos secundários importantes quando o Cardo-mariano se toma em doses terapêuticas adequadas. Contudo, as pessoas que têm uma perturbação médica crónica devem consultar sempre o seu médico antes de tomar a planta.
Mais informações aqui |
Bibliografia: Manual de Medicinas Complementares
Comentários
Enviar um comentário