Nome Comum: Cerejeira
Nome Latino: Prunus avium L.
Família: Rosáceas.
N. Vulg.: Cerdeira, cerejeira das cerejas pretas, cerejeira brava.
História: Planta originária da Ásia Menor ou Europa, segundo as ultimas
descobertas arqueológicas em estações neolíticas europeias. Já
Dioscórides na sua Matéria Médica e laguna aconselhavam as cerejas para
activar o funcionamento dos intestinos.
Descrição/Habitat: Comum nas zonas temperadas de ambos os hemisférios.
Arvores que podem atingir 10 a 20 metros de altura e podem viver 2 a 3
séculos. Troncos de casca acetinada, castanhos brilhantes enquanto
novos, passando depois a rugosos e gretados. Folhagem pouco densa,
folhas verdes ovais dentadas. Flores brancas de neve, frutos (drupas)
avermelhadas até ao preto, excepção feita à cereja chamada espanhola e
que é branca – amarelada. Planta frequente em Portugal em especial no
Norte e Centro.
Partes Utilizadas: Frutos e pedúnculos (de Maio a Julho) e mais raramente a casca, folhas e flores.
Composição Fotoquímica: Glícidos: açúcares facilmente assimiláveis
(inclusive pelos diabéticos) em forma de levulose ou frutose, cuja
quantidade oscila entre 3% e 15%.Vitaminas: carotenos (provitamina A) em
quantidade apreciável, assim como pequenas quantidades de vitaminas do
grupo B e de vitamina. Minerais: ferro, cálcio, fósforo, enxofre, sódio
e, sobretudo, potássio, assim como uma ampla gama de oligoelementos
(zinco, cobre, manganésio, cobalto, etc.).Ácidos naturais: málico,
succínico e cítrico. Fibra vegetal solúvel: pectina em pequena
quantidade (acção laxante). Flavonóides (acção diurética). Ácido
salicílico em pequena proporção (cerca de 2 mg por quilo de cerejas
(acção anti-inflamatória e antidiarreica).Os pedúnculos dos frutos
contêm sais minerais (sobretudo potássio) e flavonóides.
Propriedades Terapêuticas: Laxantes, refrescantes, diuréticas, depurativas, remineralizantes e tonificantes.
Fitoterapia: A cura de cerejas (à base de frutos e de tisanas de
pedúnculos) é recomendada a sãos e doentes. Graças à sua acção
depurativa, constitui uma das melhores formas de libertar o organismo
das impurezas acumuladas durante os meses do Inverno, e tonificá-lo para
os meses estivais. Usado para: obesos e pletóricos, a quem fará
emagrecerem sem risco de desnutrição ou de desequilíbrio mineral. Além
disso, as cerejas têm a propriedade de atenuar a sensação de fome.
Artríticos e gotosos, a quem fará descer os níveis de ácido úrico no
sangue e aliviará as dores nas articulações. Os que sofram de inflamação
das vias urinárias (pielonefrite ou cistite) devido a infecção crónica
ou litíase. Os que sofram de prisão de ventre crónica, devido à preguiça
ou atonia intestinal.
Dieta da cereja:
MANEIRA DE PREPARAR:
Comendo como único alimento meio quilo de frutos maduros, 4 a 5 vezes
por dia, durante um ou dois dias. Se as cerejas forem bravas,
recomenda-se tomar uma quantidade menor, pois contêm uma maior proporção
de princípios activos. Os que sofram de debilidade gástrica ou de
digestões lentas deverão comer as cerejas cozidas. Recomenda-se
intercalar entre as refeições de frutos várias chávenas (xícaras) de
tisana de pedúnculos (pés de cereja). Decocção de pedúnculos: fervem-se
50 g de pés de cereja (frescos ou secos) durante5 minutos. Bebem-se
várias chávenas (xícaras) por dia, quer isoladamente, quer em combinação
com uma cura de cerejas.
Outros usos: Em forma de doces e compotas, geleia, fruta cristalizada.
Fruta em calda, saladas de fruta, fruta seca, em bolos e como sobremesa
as cerejas ao natural. A Ginjeira (Prunus cereasus L.), igualmente
conhecida como Ginjeira galega, dão frutos muito apreciados na confecção
de sobremesas e da aguardente de Ginga (bebida muito vendida em
Portugal).
Informação recolhida: Medicina Popular – Tratamento pelas Plantas Medicinais, Autor: Professor Nunes, João Ribeiro;
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