Nome Comum: Castanheiro-da-índia
Nome Latino: Aesculus hipocastanum L.
Família: Hipocastanáceas
N. Vulg.: Castanha da índia.
História: Árvore centenária que se
encontra ao lado do edifício da Junta de Freguesia do Fundão por detrás de dos
Paços do Concelho. Existem na Beira Interior e em Portugal exemplares desta
árvore em jardins e parques. Até ao fim do séc. XIX pensou-se que esta era
originária das montanhas da Índia (razão de ser do seu nome vulgar), vindo a
descobrir-se que afinal nascia nas zonas montanhosas da Grécia e Turquia. As castanhas não são comestíveis sem
preparação prévia a não ser por animais. Durante a segunda guerra mundial,
utilizaram-se mil e quinhentas toneladas destas castanhas para alimentação e
fins medicinais.
Descrição/Habitat: O castanheiro da índia de flores esbranquiçada e
de folha caduca (Aesculus hippocastanum) é uma árvore frondosa podendo atingir
os 40 metros de altura. Os frutos apresentam-se numa cápsula verde, eriçada de
pelos mais ou menos espinhosos e as suas sementes são semelhantes a castanhas e
floresce na primavera. Cultivada como ornamento, em Portugal e outros países. É
muito empregada em marcenaria.
Partes Utilizadas: Sementes e casca.
Composição Fotoquímica: Possui amido em grande quantidade, bem como
assim óleo. Tem como principais activos: pigmentos flavónicos e saponinas. A
casca contém tanino, um heterósido, etc…
Propriedades Terapêuticas: Disponível em comprimidos, cápsulas,
xaropes, extracto fluido e cremes, para o tratamento de problemas do sistema
circulatório e no tratamento de hemorróidas, varizes, pernas pesadas,
hipertrofia da próstata, etc… Hoje da casca obtêm-se uma tinta vermelha e a sua
infusão é usada internamente para combater hemorragias uterinas e
hemorroidálicas, inflamações do aparelho digestivo, artrites, etc. Externamente
esta é utilizada para tratamento de eczemas, feridas e queimaduras, para
preparar emulsões lavagens do couro cabeludo, é ainda um excelente vaso
constritor e anti-inflamatório. O óleo pode também ser usado na alimentação
humana assim como a fécula das sementes após lavagem com água alcalina.
Fitoterapia: As sementes são ricas em saponinas e vitaminas B1 e K,
são tónicas e adstringentes, utiliza-se a tintura das sementes a 1/10 na dose
de 1g por dia, a alcoolatura a 50/100 na dose de 20 gotas por dia. Antigamente
utilizava-se a sua casca para combater a febre e evitar a fragilidade capilar.
Outras informações: Das sementes obtêm-se um óleo que serve
para iluminação. O óleo pode também ser
usado na alimentação humana assim como a fécula das sementes após lavagem com
água alcalina. A farinha das sementes é utilizada em cosmética e a polpa no
fabrico de sabões. A infusão alcoólica das suas flores é usada contra dores reumáticas,
nevralgias e artrites. O
termo hippocastanun, de origem grega, significa castanha dos
cavalos devido ao facto desta ser utilizada pelos turcos para curarem afecções
pulmonares dos cavalos.
Mais informações |
Bibliografia: Botânica
Medicional Vol. II (Matéria Médica), Autor: Professor Nunes, João Ribeiro; Medicina
Popular – Tratamento pelas Plantas Medicinais, Autor: Professor Nunes, João
Ribeiro
Comentários
Enviar um comentário